Faz alguns meses que não escrevo...
Mas, para mim, escrever é um momento sagrado, onde devo estar presente, totalmente!
Aprendo muito com a natureza, como animais, sobretudo!
Os cavalos me mostram sobre presença o tempo todo.
O Natal para mim, nem sempre foi um momento bom, principalmente porque aos meus dez anos, meu Pai partiu deste mundo para o eterno e minha infancia foi enterrada,mas quando me tornei mãe, retomei o Espirito de Natal por meu filho e por alguns anos, estive revivendo o Natal com ele e outros movimentos surgiram...
Anos se passaram e o menino cresceu, se tornou Pai e eu, avó!!!
Hoje, aos 63 anos, muitos outros movimentos tomaram meu coração, minha alma e espirito e passei a viver o Natal totalmente diferente.
Hoje, posso afirmar que alcancei unir o Espiritual, com maturidade emocional,autoconhecimento, que cruzo com diferentes leituras,cientificas, filosóficas, sistemicas em minha jornada pessoal e profissioal.
O Natal que vivi, até então, tinha seu sagrado, fundamentado também nas bases cristãs,porém fui ampliando minha propria leitura e sentir, sobre JESUS, sobre o Espírito do Natal.
Na maior parte das vezes, esperamos algo do Natal, ou buscamos algo, porém a simbologia vai além,muito além...
Fundamentada nos tantos arquetipos e metaforas sobre o Natal, sobretudo na Antroposofia, ressignifiquei muitas questões dentro de mim.
A Crianca DIVINA, em cada um de nós, nos faz refletir sobre : O que desejamos ver nascer dentro de nós?
Nada está fora e sim, dentro.
A simbologia da Manjedoura, nos provoca sentir oque carregamos ao Coração e oque desejamos ver florescer no novo ano, por exemplo.
Este é meu segundo ano, percorrendo as Noites Santas e a construcao interna, de meu proprio presépio vivo, onde todos pertencem, como a história do nascimento de Jesus nos mostra.
A Humildade no servir, de tantos pastores, bem como a Sabedoria dos "Reis" magos...
Tem me trazido grandes respostas e alento a Alma.
Corações ao alto...
Nosso Coração está em "Deus"...Citações biblicas que vão além de crenças,onde o nascimento de Jesus reuniu muitas tribos!
Onde a Estrela Guia, guiou a todos para estarem lá, naquela Manjedoura.
Por isto, hoje, mais que tudo, busco estar nesta frequencia,onde também compartilho o que sinto como Natal.
O que queremos ver nascer em nós?
Isto, certamente, vai além de crenças.
Deixo aqui, uma primeira meditação:
Primeira Noite Santa – 25 de dezembro
Soam as 12 badaladas da meia-noite anunciando o Natal. Vem a aurora, atravessamos o dia, cai a noite e uma luz se acende no céu irradiando um brilho que emana da Constelação de Peixes e ilumina a primeira vigília santa. Estamos no primeiro degrau da escada que está assentada na esfera humana terrena, na dimensão da existência do Antropos – o ser da liberdade. A liberdade é uma das duas principais forças espirituais que nos foram destinadas a conquistar ao longo da vida. A outra força será ao final da escada: o amor.
A sabedoria antiga nos conta que foram as forças espirituais de Peixes que configuraram os pés humanos. Quando observamos os pés, verificamos que eles são formados como uma abóbada que vai propiciar, simultaneamente, a verticalização da coluna com o andar ereto, primeiro grande aprendizado da vida. Quando criança nos arrastamos, engatinhamos e finalmente nos erguemos e nos apoiamos nos próprios pés, superando as forças da gravidade. Isto significa uma grande conquista: a condição para o desenvolvimento do pensar, sendo que o pensar é o que diferencia o humano dos outros reinos da natureza.
Ao longo da vida, seguidamente fazemos uma analogia íntima com este fato: “andar nos meus próprios pés”, “saber por onde ando”, “seguir os meus próprios passos”, “não andar nos passos de ninguém” são expressões que falam uma de relação com a terra e com o destino em termos de liberdade pessoal. Nesta primeira Noite Santa, recebemos da Constelação de Peixes os impulsos para nos firmarmos nos nossos próprios pés e nos erguermos, que são as condições básicas para alcançar a liberdade individual, a meta para a qual nos destinamos como seres individualizados.
Na madruga ou ao amanhecer do dia 25, acenda uma vela. Deixe o silêncio e a devoção penetrarem na alma e a luz frágil da vela iluminar o seu espaço interno, onde na vivência do seu próprio eu a verdadeira luz solar do Eu do Cristo se faz presente. Nesta noite, da região de Peixes, os sábios da humanidade derramam suas bênçãos de sabedoria sobre você. Eles formam um círculo protetor à sua volta, emanando a força que você precisa para se firmar nos próprios pés e tomar seu destino nas próprias mãos. Abra os braços e as pernas, formando com o próprio corpo uma estrela de cinco pontas e diga:
com firmeza, eu ocupo meu lugar no mundo,
com certeza, eu caminho pela vida,
com amor, no íntimo do meu ser,
com esperança em tudo o que eu faço,
com confiança no meu pensar,
forças jorrem do meu coração.
Que assim seja!
Luciana Pinheiro
Marilia Mader
